American Crime Story 1x10 – The Verdict

“Se as luvas não servem, absolve-lo vocês devem”.

E então chegamos ao final deste emblemático e, muito provavelmente, maior caso jurídico da história dos EUA. Confesso que não conhecia nem OJ Simpson e muito menos o caso e logo no piloto (assistindo somente por causa do David Schwimmer, por ser um fãzasso de carteirinha de Friends) e me impressionei de cara com o caso, achando uma loucura que tudo aquilo tenha acontecido e em seguida que acabei o episódio, fui procurar na internet informações sobre o caso do século. Está demorada essa minha review por questões de que não tenho muito tempo, e por conta disso, andei lendo muitas opiniões por aí na internet. 

Bom, a minha primeira colocação é sobre o que eu destaquei e sublinhei na review do episódio passado: o advogado de defesa, Johnnie Cochran. A maioria das pessoas chamando-o de nojento, trapaceiro, de má fé e todos os outros adjetivos ruins. Eu já disse e repito, acho o cara BRILHANTE! Ele simplesmente deu a volta por cima e criou expectativas inimagináveis para o Simpson poder sair de trás das grades. Cochran percebeu que não havia fatos a favor do Juice e não tinha como competir com a promotoria usando o “jeito certo”, e então falou aquela frase que grudou na minha mente: “precisamos contar uma história melhor do que a deles”. E foi isso que ele fez, com uma grande habilidade e cuidado.

Gostaria de falar de outro personagem marcante dessa primeira temporada de ACS: Marcia Clark. A promotora principal do caso começou, ao meu ver, meio arrogante e dando o caso como vencido. Não consegui simpatizar com ela de cara, mas passado uns três episódios eu já estava torcendo por ela e vibrei muito quando ela conseguiu, em meio a toda turbulência do caso, a guarda dos seus filhos. Foi muito legal. Ela é uma grande vencedora, e não merecia sofrer tanto quanto ela sofreu durante todo o percurso que ela correu neste caso. Foi muito bom saber que depois disso ela se deu bem na vida e hoje vive muito bem. Grande Marcia! E, que venha TODOS os Emmys, Globos de Ouro, Oscars, Grammys e tudo para esta maravilhosa da Sarah Poulson.

Agora, vamos ao episódio em si. Ele começa com o Cochran pedindo para que OJ desse as considerações finais e foi muito nojento ver aquele sujo do Juice falando livremente. Foi muito boa a cena e dou créditos ao ator Cuba Gooding Jr. por me fazer ter raiva deste personagem. Depois disso foi a vez de Johnnie dar seu argumento final, colocando toda a culpa no policial Mark Fuhrman e soltando um dos bordões mais icônicos da história jurídica dos EUA “Se as luvas não servem, absolve-lo vocês devem!”. E por fim tivemos os promotores dando seus argumentos finais. Marcia discursando com muita consistência e colocando tudo a limpo os fatos e provas reais saindo-se perfeita no seu momento. Baita! E por fim o Darden, falando mal do Dream Team e prezando toda a violência que Nicole sofreu do seu ex-marido durante anos.

Após os discursos, tudo ficou em mãos do júri. E foi incrível a rapidez com que tomaram a decisão. Todos envolvidos no caso, pensando em passar férias, esfriar a cabeça. Alguns dias, talvez semanas passeando e quando estavam tirando seus ternos, já foram notificados de que o júri tinha tomado sua decisão! Em apenas 4 horas! Pensem: o caso arrastou no tribunal chegando a 1 ano. 365 dias. E eles tomaram a decisão de que OJ Simpson era ou inocente em 4 horas. Rapidíssimo. E foi notável de que teve jurados que martelaram que OJ era inocente e nada ia fazê-los mudar de ideia. Aí você vê o quão excepcional no caso o Johnnie Cochran foi. 

E então, o desfecho, o momento mais aguardado chegou. Era a hora. Todos perfilados para ouvir o veredito, Ito chama a moça com o envelope, dá uma olhada, e então quando a angústia toma conta, você ouve: “NOT GUILTY!”

Vibrações, choros, raiva. Teve de tudo. O circo venceu, os fatos reais e a justiça perderam. No maior caso da América. 

Na coletiva de imprensa da promotoria foi triste ver a cara de dever não cumprido dos dois promotores e a tristeza dos pais do Ron com Darden dando um abraço emocionado depois. Uma cena forte onde mostra que doeu em todos. Logo após, há uma cena em que Cochran tenta se aproximar de Darden e o promotor fala que não foi mudada nenhuma história naquele ano, os negros não iriam deixar de receber atos preconceituosos e serem levados sempre com fama de pior gente. Meias verdades, realmente hoje o racismo existe forte. Não vivi naquela época, mas tudo me leva a crer que foi mudado algo sim de lá pra cá. Não foi SOMENTE devido ao caso, mas acho que Cochran de uma ajuda sim para isso, e isso foi muito satisfatório para ele. A confirmação veio depois ao ver um relato do presidente dos EUA confessar de que o país precisava de mudança em relação a essas pessoas que são iguais a todos. 

Fechando essa última review, como foi após OJ ter saído da cadeia? Tudo era festa? 

Óbvio que não. Muitos amigos se afastaram e outros nem queriam mais se envolver com o ícone do futebol americano. Inclusive o seu melhor amigo, Robert Kardashian, deu adeus ao Juice, e ele só não fez isso antes, pois iria pro fundo do poço tudo o que o Dream Team fez e o Robert iria declarar OJ como culpado. Mas agora acabou. E o que OJ percebeu é que mesmo inocentado, ele estava quase que sozinho no mundo, se comparado a sua fama de antes. Um “belo” fim, para um belo de um assassino inocentado.

Curiosidades, referências e outros blás:

Blá 1: Hoje teremos somente este que nos mostrou como estão os envolvidos no caso hoje: 

Marcia Clark: Marcia pediu demissão da promotoria e assinou um dos maiores contratos literários de todos os tempos, escrevendo livros de suspense e comentarista jurídica na TV.

Chris Darden: Também se demitiu da promotoria e se tornou professor de direito e logo depois abriu o próprio escritório, Darden & Associates.

Lance Ito: Continuou como Juiz da corte superior de L.A. até 2015. E é o único participante principal que não escreveu um livro.

Robert Kardashian: Este que é o pai daquelas que seriam as personalidades mais famosas do mundo, admitiu que tinha dúvidas sobre a inocência de seu amigo, e eles cortaram qualquer tipo de relação.

Johnnie Cochran: Continuou a fazer o que ele sabe de melhor que é ser um bom advogado de defesa e tem escritórios espalhados em mais de 15 estados, Cochran morreu de um tumor cerebral em 2005.

Roberto Shapiro: Advoga até hoje em L.A. e virou o advogado de estrelas como, Diana Ross e Eva Longoria.

Mark Fuhrman: Esse ser foi demitido da policia de L.A. e não contestou a acusação de perjúrio e mesmo assim se tornou escritor e comentarista da Fox News. (incrível)

O.J. Simpson: Depois de ser inocentado, porém, obrigado a pagar uma fiança de 33 milhões de dólares aos Goldman (sendo que pagou menos de que 500 mil), ele se mudou para Florida para proteger o restante dos seus bens, em 2008 ele foi condenado por sequestro e roubo armado, ele foi condenado a 33 anos de cadeia e poderá tentar liberdade condicional em 2017.

Bruno Barufi

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Better Call Saul 2x8 – Fifi

A vingança é plena?            

Vince Gilligan tem um estilo totalmente diferente e único, seus comandos e a forma como apresenta suas séries são totalmente diferente, um dos melhores showrunners da atualidade, sem duvidas. A cena inicial, sem cortes, é muito bonita e interessante para começarmos este episódio.

Em Fifi podemos ver mais uma vez a aparição de Saul Goodman. Ao saber que Mesa Verde estava quase acertada com a Kim, Chuck pediu a Howard que fosse junto na reunião que teriam no outro dia, para que eles vissem que ficar com a Kim, uma pessoa só, sem uma equipe, completamente sozinha, não seria a melhor escolha. Chuck, em minha opinião por vingança contra Jimmy, consegue com um maior sucesso trazer a Mesa Verde de volta para a HHM e frustrar os planos de Kim, que obviamente, iria irritar muito Jimmy. 

Mesa Verde, por fim, escolheu a HHM e isso deixou Jimmy mais brabo e triste com o seu irmão, claramente com sede de vingança, mas então ele recebe uma ligação dizendo que o mesmo passava muito mal, e por mais que Chuck o magoe cada vez mais, Jimmy é uma boa pessoa e vai ajudar o seu irmão.

Ao chegar em casa, ele manda o empregado de Chuck embora e observa caixas dos papéis da Mesa Verde, e foi aí que Jimmy pensou em colocar em prática a “lição” que Chuck precisava. Passou a noite em uma casa de xerox falsificando os documentos para que algo dê errado no contrato Mesa Verde-HHM. A sua satisfação ao chegar ao final do processo e ter feito tudo com grande sucesso é cômica, aquele sorrisinho de canto da boca diz tudo o que Saul é: um pilantra. E que gosta do que faz, por mais ilegal que seja (e os meus parabéns pela sequência de imagens na cena das fotocopiadoras). Também é interessante mencionar a trapaça à lá Saul quando Jimmy engana soldados da aeronáutica para poder gravar um vídeo com um avião de fundo. Genial!

E por fim tivemos o plot do Mike andando pouco, desta vez, mas com um claro objetivo. Vemos Mike observar passos do tio Salamanca e que está tramando algo para fazer contra ele, e aí que ficou uma dúvida em minha cabeça: será que o Hector fica com aquele AVC por alguma consequência do que Mike fez? Seria interessante nos mostrar o inicio da doença deste personagem que tem uma grande importância na série-mãe.

Mike quer se vingar dos Salamanca, e não podemos ter certeza absoluta do que ele quer fazer, mas ele preparou um equipamento para furar pneus, e o mais interessante? Sua neta o ajudou, hahahaha. Ele já está a preparando para o mundo do crime. 

Este oitavo episódio da segunda temporada não foi um dos melhores, mas nos mostrou pontos importantes para a sequência da trama que, esperamos todos, ter dois fantásticos episódios finais. Aguardaremos.

Curiosidades, referências e outros blás:

Blá 1: O lugar onde Kim e Jimmy estão lanchando já apareceu diversas vezes em BrBa: Na cena em que Jesse compra uma arma para executar Tuco. Na cena em que Jesse dá uma pilha de dinheiro para um mendigo (Blood Money).

Blá 2: O Jimmy e o Chuck estavam usando a mesma gravata só que de cores diferentes? Olha a teoria das cores aí. 

Blá 3: Ainda está faltando aquele episódio unânime, né não? Para a série decolar de vez.

Blá 4: Já falei e gostaria de ressaltar: muito curioso pelo o que irá acontecer com a Kim!

Bruno Barufi

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American Crime Story 1x9 – Manna from Heaven

“Esse caso virou um circo”

A partir dessa frase dita pelo Darden, dá para fazermos algumas observações sobre ela, que são muito interessantes para entender um pouco de tudo desse caso que alguns não entendem.

O princípio de tudo é, porque o caso virou um circo? Fácil, isso tudo foi uma jogada do advogado principal da defesa, Johnnie Cochran. 

Quando ele pegou o caso, a primeira pergunta que fez para OJ foi se ele era inocente, e o Juice negou. Ali Cochran se deu conta de que ele não poderia ter a ajuda do OJ, então ele decidiu que “teria que contar uma história melhor do que a da promotoria para o júri”. E foi isso, para poder contar sua história, ele teve de fazer várias coisas que não eram eticamente certas e algumas outras coisas “por baixo dos panos”. Um exemplo muito bom que dá para tirar desse episódio é a do detetive Fuhrman. O dream team desestabilizou completamente o policial, conseguiu criar uma imagem realmente negativa, inclusive chamando-o, indiretamente, de nazista (o que não é de se duvidar). A cena do Fuhrman entrando pela última vez no tribunal com TODO MUNDO (inclusive a promotoria) olhando para ele com uma cara de nojo, foi a melhor cena da série, até então. Foi espetacular. E acho que todos os espectadores também fizeram a mesma cara na hora em que a câmera se fixou nele. Méritos de quem? Johnnie Cochran. Da melhor arma da promotoria, ele tornou-se uma das principais razões pelas quais o júri pode votar a favor de inocentar OJ.

Com esses tipos de estratégias regidas todas pelo Cochran, o caso realmente acabou tornando-se num circo, e os palhaços eram os próprios principais envolvidos no caso: a defesa, promotoria e o juiz. 

E para que o caso virou um circo? Bom, mais óbvio ainda: inocentar OJ Simpson. Esta era a única forma para poderem sair das provas concretas que tinha contra o Juice, as provas eram consistentes demais e praticamente não havia defeito nelas, e com todo o mérito do Johnnie, até este episódio a defesa conseguiu, inacreditavelmente, reverter as posições e eles estarem a frente da promotoria. 

Em Manna from Heaven, Cochran tentou conseguir mais uma peça pro seu jogo que eram as fitas de gravação do detetive Fuhrman em que ele falava mal de todas as maneiras os negros, e os ofendiam profundamente, deixando claro o seu racismo.

Essas fitas era o ultimato da qual Cochran precisava para conseguir êxito no seu serviço. Entretanto, o juiz Ito liberou apenas duas frases de horas de gravação das fitas, o que deixou Johnnie muito revoltado, sendo essa uma das poucas fracassas dele no julgamento do século.

Bruno Barufi

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The Walking Dead 6x16 – Last Day on Earth

Uni-duni-tê!

Agora posso falar com toda a certeza: Essa sexta temporada foi a melhor de The Walking Dead até agora! Bom, não vou mentir, eu esperava um pouco mais dessa season finale (acho que pelo motivo em consenso de todos), mas agradou-me ainda assim.

Primeiro começarei a falar de Morgan e Carol. Pois bem, dando uma louca na Carol (não se preocupe rainha, te amo igual), ela sai de Alexandria por conflitos com ela mesmo e resolve querer ficar sozinha. Então, Morgan decide ir atrás dela e levar de volta a sua amiga para o lugar a salvo. Ele a encontra, toda machucada e fraca, e numa conversa entre os dois ela revela que saiu de lá pois se ficar com pessoas que ela ama, num momento ou outro, terá que voltar a matar, e ela não quer mais viver dessa forma. Morgan tenta e insiste para que ela volte com ele, mas ela não dá o braço a torcer e segue o seu rumo.

Quando ela volta a estrada, ela encontra um dos sobreviventes da gangue que ela destroçou no episódio passado, ele facilmente a derruba e dá um tiro no braço dela, e diz que não quer matar agora pois a quer ver sofrendo, e depois dá outro tiro na perna. E quando ele iria finalizar o seu trabalho, aparece o Morgan enchendo o cara de balas e assim quebrando o seu idealismo e matando, conforme Rick disse a ele que uma hora ou outra teria que fazer. Nessas, Morgan encontra um suspeito de colete e cheio de proteção, bom, na série não foi dito quem ele é e da onde pertence, mas adianto para vocês: eles são do bem! E muito fodas!

Agora, a trama principal desse season finale. No fechamento do episódio passado, East, a Maggie teve problemas na gravidez e imediatamente Rick quis leva-la para o médico de Hilltop, para poder ajudar ela e não ter problemas durante a gestação dela. Então saíram ele, Abraham, Carl, Sasha, Aaron, Eugene e óbvio, a Maggie. Durante o caminho eles se deparam com um grupo razoável de Salvadores. Rick “conversa” com eles e os dois decidem-se por não fazerem nada, e Rick toma a decisão de ir por outro caminho. Durante este plano B, eles são obrigados a parar novamente devido a troncos de árvores no caminho que imediatamente ficam em chamas. No outro caminho, mais um grupo (porém, maior) de Salvadores. No outro caminho, zumbis estão amarrados uns aos outros e neles têm cabelo da Michonne, jaqueta do Daryl... Rick viu que não estava se metendo em coisa boa. Então, Eugene pensou que os Salvadores estavam seguindo o trailer, então bastava eles levarem Maggie a pé para Hilltop e alguém dirigir o trailer que teriam sua missão completada. Colocaram em prática o plano, mas estes Salvadores são muito melhores e mais perigosos do que qualquer coisa que já enfrentaram até ali, e quando o grupo do Rick começou a correr devido a assobios dos Salvadores, se viram numa emboscada.

Caíram numa espécie de “roda”, com inimigos por todos os lados. Estavam encurralados. E quando se deram conta, ali estavam todos os seus amigos: Daryl, Rosita, Eugene e logo após, Glenn e Michonne. Confiscaram suas armas e alinharam todos eles para o seu chefe e, finalmente, ele apareceu! Com uma introdução espetacular conhecemos o temível Negan. Eu confesso que me caguei, e aí tu imagina o Rick. Acho que nunca vi ele tão aterrorizado na série, e pensa bem: Os Salvadores têm MUITO mais pessoas do que lá na Alexandria, num combate “justo”, corpo a corpo, o grupo do Rick não teria a mínima chance, e ele sabe disso. E então aparece o Negan, que realmente faz por merecer todo o suspense que foi posto a cerca dele, o cara é totalmente maníaco.

Ele já implanta a lei Negan dizendo que Rick será seu subordinado e que trabalhará para ele, sendo metade dos seus recursos dado aos Salvadores. E que para mostrar o seu poder e para temê-lo para que eles o obedeçam sempre, ele terá de matar um deles, o Rick não iria pois é o líder, e ele diz que o líder não mata. Na HQ ele fala que não mata mulheres, feridos e nem crianças, ou seja, sobram Eugene, Aaron, Abraham e Glenn. Os produtores da série decidem por não mostrar quem foi o escolhido na forma “justa” de Negan fazendo uni-duni-tê (alô Justiceiro!) e teremos que aguardar até Outubro para sabermos. Essa escolha dividiu muito o público entre os que acharam legal deixar este cliffhanger e outros que odiaram muito. Bom, eu fiquei no meio termo, não me importo em ter que esperar, mas acho que o episódio se tornaria épico caso mostrassem a morte. 

Agora alguém em particular que quero elogiar: Scott M. Gimple. Ele é o cara! Ele entrou nesta sexta temporada como o novo chefe do programa e deu outra cara. Óbvio que a série segue com o mesmo tom, isso é dela, mas as decisões do decorrer da trama é toda dele, e confesso que foi muito melhor que o seu antecessor, Glenn Mazzara. Este outro produtor estragou personagens como Andrea e Governador.

Agora nos resta matutar quem morreu, meu chute? O nosso querido e amado Glenn. Para termos uma morte impactante mesmo e que vá fazer uma diferença. Mas seria “legal” também se fosse Carl, vocês imaginem o quão sanitário o Rick ficaria? Não seria bom nem imaginar.

Semana que vem já teremos o spin-off, Fear The Walking Dead, o que eu espero que mude bastante daquela broxante primeira temporada. Veremos.

Bruno Barufi

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Better Call Saul 2x7 – Inflatable

Lobo ou ovelha?

Depois de passar os últimos episódios como coadjuvante da sua própria série, Jimmy McGill voltou à ativa e voltou para dar um rumo para a segunda temporada. Estamos no sétimo episódio e penso que até a season finale vai acontecer algo extremamente intrigante, bem estilo Vince Gilligan. 

A trama de Mike andou pouco: ele (como todos nós imaginávamos) foi pedir ajuda para Jimmy para fazer o que Hector Salamanca mandou. E é aí que os dois começam a se aproximar para se tornarem grandes parceiros no futuro. Entretanto, não acho que esse conflito entre Mike x Salamancas acabou por aqui.

Já com a Kim ela, de fato, quer sair da HHM, e considerou ir trabalhar para o Schweikart, porém durante a entrevista ela viu que também não quer ir trabalhar para ele, na verdade, ela não quer trabalhar para ninguém, decidiu-se ir trabalhar por conta própria e fez uma contraproposta para o Jimmy quando ele ofereceu serem sócios e abrirem sua própria firma de advocacia. Na verdade, acho que é o certo e a Kim faz bem pensar desse jeito. Ela trabalha do jeito dela: dentro da lei, fazendo as coisas com ética e boa cidadania e mesmo que demore pra chegar ao seu objetivo, vai seguir como uma boa pessoa deve seguir. Jimmy não, ele quer ser como a própria Kim o descreveu “espertinho”, esse é o jeito dele, ser falcatrua e fazer as coisas darem certo da forma mais fácil e simples (na cabeça dele). E isso já vem de criança...

Tivemos um flashback bem interessante no início do episódio mostrando o Jimmy ainda criança ajudando o seu pai em sua loja comercial. Entrou um cara na loja contando uma história bem elaborada que persuadiu o pai McGill, e como se fosse da sua natureza, Jimmy viu que era tudo mentira, mas o seu pai não acreditou. E foi aí que ele viu que certas pessoas são muito ingênuas e que existem formas mais fáceis de conseguir o que se quer, mesmo não sendo “bandido”. 

Quando Kim conta que recebeu uma nova proposta de emprego e ela disse que estava considerando, na hora passou na cabeça dele arrumar alguma coisa para trabalharem juntos. Para isso, teria que sair da Davis & Main, ao ser alertado que pedindo demissão não iria receber a sua bonificação, e com termos coloridos de Saul Goodman, faz de tudo para sair da empresa: tocar gaita de fole, vestir ternos extravagantes (que vira a sua marca depois), não puxar descarga (haha!)... E bem, ele consegue. 

E então Kim conta sua ideia de trabalharem juntos, mas não como sócios. Ele vai aceitar, é claro. Se aceitou trabalhar para Davis & Main somente por causa dele, vai aceitar isso também. Entretanto, acho que será nesse ponto que irá começar separação deles, já que não a vimos em Breaking Bad. E será algo extremamente forte para separar os dois. :(

Gostaria de ressaltar algumas coisas: a série está muito mais leve sem aquele núcleo entediante da HHM e sem o irmão do Jimmy, Chuck. Perceberam? Que continue assim! Queremos ver ainda mais o crescimento de toda a pilantragem de Saul Goodman.

Curiosidades, referências e outros blás:

Blá 1: A corretora que vendeu a casa para a nora do Mike é a mesma corretora que flagrou a Marie roubando uma colher.

Blá 2: Kim falando que vivia perto de Nebraska e o Saul tá se escondendo em Nebraska. O Peter Gould falou sobre a possibilidade de um episódio passar na era pós-Breaking Bad. Será?

Blá 3: Essa semana na internet apareceu uma foto onde aparece o ator Dean Norris nos estúdios de gravação da série. Será que veremos Hank Schrader novamente?!?!?!?!?!

Bruno Barufi

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The Walking Dead 6x15 – East

“Aquela mulher é uma força da natureza” – Rick Grimes sobre Carol.

Ao meu ver, The Walking Dead vem nos mostrando a melhor temporada até então com muitos episódios de deixarmos com boca aberta, outros muito bons para a condução da série e talvez um episódio que podemos considerar como descartável, Here’s Not Here, aquele que conta o passado do Morgan (que, particularmente, achei muito bom). E agora estamos nos aproximando da Season Finale (que será epicamente épica) e com ela a primeira aparição do super vilão e que promete muito, Negan. 

Para dar o gancho a Last Day on Earth (episódio da semana que vem), tivemos East com algumas reviravoltas e um acontecimento estrondoso. Neste episódio, tivemos a confirmação daquilo que foi meio vago no último episódio. Carol, carregando com si muitas mortes pelo caminho dela e um peso na consciência muito grande, decidiu por sair de Alexandria e tentar encontrar a si mesma no mundo apocalíptico a fora. Ao saber da fuga de Carol, Rick imediatamente já quis saber se alguém a viu saindo durante a madrugada, mas como sabemos das habilidades ninja dela, ninguém viu. Então, Rick e Morgan vão procurar por ela.

E logo já vemos o que ela está fazendo, dirigindo com seu carro equipado de espinhos para os walkers, é interrompida logo que sai de Alexandria por alguns Salvadores, depois de fazer algumas ameaças, o líder deles já pergunta “o quê uma mulher como você sem proteção, sem noção está fazendo sozinha? Nos leve a sua casa”... Coitado, não sabia o que estava dizendo. Carol começa a chorar pedindo que não continuassem com isso pois não queria ninguém ferido, e eles apenas rindo e então em questão de segundos, todos eles jaziam no chão. Ou seja, se você ver a Carol chorando na sua frente, tenha apenas uma reação: CORRA!

Outro que estava angustiado consigo mesmo é o Daryl. Há pouco tempo, Carol disse a ele que ele fez uma escolha errada ao ajudar o Dwight e seus parceiros quando ele já tinha até amarrado Daryl, e depois o mesmo Dwight mata a Denise no nariz do Daryl, não tinha como ele não se culpar. E para o Daryl ficar em paz, tinha que ir atrás do seu algoz. Entretanto, na procura pelo Dwight quem ele acaba achando são seus amigos Glenn, Michonne e Rosita. Glenn e Rosita se irritam por ele não querer voltar, e a Michonne fica para ajudá-lo. E novamente o grupo de Dwight nos surpreende, eles acabam fazendo Glenn e Rosita de reféns, para o quê? Atrair o Daryl, óbvio. 

Eu não sei, mas este Dwight deve ser apaixonado pelo Daryl, não pode ser possível, o cara persegue ele por tudo que é lado (se bem que, na verdade quem estava perseguindo neste caso era o Daryl, mas não interessa, odeio este Dwight). E porque que odeio?

Daryl observa seus amigos sendo feito de reféns na floresta e tenta resgatá-los, Glenn bem tenta avisar ele de que Dwight estava atrás dele, mas não deu tempo, o tiro aconteceu, sangue foi jogado na câmera e a tela ficou preta.

Curiosidades, referências e outros blás:

Blá 1: Eu já não curti muito de toda aquela situação que colocaram o Glenn e incrivelmente ele conseguiu escapar da morte. Tomara que não façam isso com Daryl ou se ele sobreviver, que tenha uma excelente desculpa.

Blá 2: Respondendo eu mesmo acima: tem uma teoria já rolando nas redes sociais de que o tiro foi no ombro. Aceitável. Eu rodei frame por frame e há a possibilidade de ser no ombro sim e torço por isso.

Blá 3: Discurso meio bosta do Morgan. Entendo ele, mas meio bosta igual.

Blá 4: Carol inovou a frase: "Onde há fumaça, há fogo" para "Onde há fumaça, há Carol".

Blá 5: E agora, quem morrerá nessa season finale pelas mãos de Negan? Cito alguns: Morgan, Glenn, Carol, Abraham e o próprio Daryl. Qualquer outro seria surpreendente para mim.

Bruno Barufi

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Better Call Saul 2x6 – Bali Ha’i

“-Aceite o que eu digo ou mato tua família.”

Neste episódio temos novamente como foco Kim e o amado por todos, Mike. Por alguma razão, Vince Gilligan está desfocando a série do próprio protagonista, mas como sabemos que o roteiro e os planos do showrunner de Breaking Bad são incríveis e com muitas reviravoltas, não podemos questionar o que o chefão está fazendo, só aguardarmos.

A vida do Jimmy não o está agradando nem um pouco, trabalhar para a grande empresa de advocacia não era o que ele esperava (se é que ele esperava por algo, pois ele não queria estar lá, foi mais para alegrar a Kim). Ele quer fazer as coisas do jeito dele, de uma forma mais fácil e que vá conseguir o que ele almeja talvez até com mais sucesso do que da “forma certa”. Ele fazer um mísero comercial para o seu caso, passar na TV, ter sucesso e os chefes tirarem do ar e colocar o deles que não vai atrair ninguém, é difícil de engolir. Jimmy não está preocupado com o jeito certo de fazer, pois sabe que vive num mundo de malandragem e se não for malandro igual, vai ficar para trás.

Kim é outra que quer seguir uma linha parecida com a do Jimmy: ela está enjoada do seu serviço e da forma como eles a tratam. Neste episódio, ela recebe uma proposta de trabalho para sair da HHM, entretanto o que mais dificulta é a própria consciência, já que foi a HHM que pagou a sua faculdade. Aliás, esta proposta me parece mais como algo de algum plano da Schweikart e Kim é somente uma peça e não aquilo que ele contou a ela que a está observando há algum tempo e sabe do potencial dela. Cuidado Kim. Acho que ela não demorará muito para ela pedir demissão da HHM, não sei se vai trabalhar com Schweikart, mas lá não fica muito tempo.

Agora o melhor plot do momento!

Mike recebeu ameaças o episódio inteiro de Hector Salamanca. Entretanto, em uma específica ele viu que não havia alternativa a não ser, conversar novamente com o líder da família Salamanca. Mike estava brincando com sua neta na piscina do hotel onde ela e sua mãe estão hospedadas, e quando olhou para cima vê os the cousins observando os dois, Mike percebeu do perigo que se tratava e foi se encontrar com Hector. O grande Salamanca, na sua melhor forma, aceitou se encontrar com Mike e este aceitou o “pedido” do velho do sino. Além disso, ainda devolveu metade do dinheiro para o Nacho, cumprindo com seu trabalho de receber somente se o trabalho for feito com sucesso.

Agora é aguardarmos pelos próximos episódios e vermos Mike se aproximar de Jimmy, pois acho provável que ele irá pedir ajuda ao caçula McGill e começar agora a sua longa parceria.

Curiosidades, referências e outros blás:

Blá 1: Esta segunda temporada está sendo uma temporada de transição, tantos nos protagonistas da série Jimmy e Mike, quanto para Kim também.

Blá 2: Chuck não apareceu, se estou vibrando? Sim, estou. 

Blá 3: Lembram dos the cousins de Breaking Bad? 

Blá 4: O título do episódio é o nome da música que Jimmy canta para Kim pelo telefone.

Blá 5: Cradock Marine Bank, banco onde o "colaborador" de Kim tem conta e emitiu o cheque. É o mesmo banco visto em Breaking Bad, episódio "Say My Name" 5x07. Foi utilizado pelo personagem Dan Wachsberger, que usava o banco para depositar dinheiro para os "nove caras" de Mike. O banco também apareceu em vários episódios de The X-Files, muitos deles escrito por Vince Gilligan.

Bruno Barufi

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