Lobo ou ovelha?
Depois de passar os últimos episódios como coadjuvante da sua própria série, Jimmy McGill voltou à ativa e voltou para dar um rumo para a segunda temporada. Estamos no sétimo episódio e penso que até a season finale vai acontecer algo extremamente intrigante, bem estilo Vince Gilligan.
A trama de Mike andou pouco: ele (como todos nós imaginávamos) foi pedir ajuda para Jimmy para fazer o que Hector Salamanca mandou. E é aí que os dois começam a se aproximar para se tornarem grandes parceiros no futuro. Entretanto, não acho que esse conflito entre Mike x Salamancas acabou por aqui.
Já com a Kim ela, de fato, quer sair da HHM, e considerou ir trabalhar para o Schweikart, porém durante a entrevista ela viu que também não quer ir trabalhar para ele, na verdade, ela não quer trabalhar para ninguém, decidiu-se ir trabalhar por conta própria e fez uma contraproposta para o Jimmy quando ele ofereceu serem sócios e abrirem sua própria firma de advocacia. Na verdade, acho que é o certo e a Kim faz bem pensar desse jeito. Ela trabalha do jeito dela: dentro da lei, fazendo as coisas com ética e boa cidadania e mesmo que demore pra chegar ao seu objetivo, vai seguir como uma boa pessoa deve seguir. Jimmy não, ele quer ser como a própria Kim o descreveu “espertinho”, esse é o jeito dele, ser falcatrua e fazer as coisas darem certo da forma mais fácil e simples (na cabeça dele). E isso já vem de criança...
Tivemos um flashback bem interessante no início do episódio mostrando o Jimmy ainda criança ajudando o seu pai em sua loja comercial. Entrou um cara na loja contando uma história bem elaborada que persuadiu o pai McGill, e como se fosse da sua natureza, Jimmy viu que era tudo mentira, mas o seu pai não acreditou. E foi aí que ele viu que certas pessoas são muito ingênuas e que existem formas mais fáceis de conseguir o que se quer, mesmo não sendo “bandido”.
Quando Kim conta que recebeu uma nova proposta de emprego e ela disse que estava considerando, na hora passou na cabeça dele arrumar alguma coisa para trabalharem juntos. Para isso, teria que sair da Davis & Main, ao ser alertado que pedindo demissão não iria receber a sua bonificação, e com termos coloridos de Saul Goodman, faz de tudo para sair da empresa: tocar gaita de fole, vestir ternos extravagantes (que vira a sua marca depois), não puxar descarga (haha!)... E bem, ele consegue.
E então Kim conta sua ideia de trabalharem juntos, mas não como sócios. Ele vai aceitar, é claro. Se aceitou trabalhar para Davis & Main somente por causa dele, vai aceitar isso também. Entretanto, acho que será nesse ponto que irá começar separação deles, já que não a vimos em Breaking Bad. E será algo extremamente forte para separar os dois. :(
Gostaria de ressaltar algumas coisas: a série está muito mais leve sem aquele núcleo entediante da HHM e sem o irmão do Jimmy, Chuck. Perceberam? Que continue assim! Queremos ver ainda mais o crescimento de toda a pilantragem de Saul Goodman.
Curiosidades, referências e outros blás:
Blá 1: A corretora que vendeu a casa para a nora do Mike é a mesma corretora que flagrou a Marie roubando uma colher.
Blá 2: Kim falando que vivia perto de Nebraska e o Saul tá se escondendo em Nebraska. O Peter Gould falou sobre a possibilidade de um episódio passar na era pós-Breaking Bad. Será?
Blá 3: Essa semana na internet apareceu uma foto onde aparece o ator Dean Norris nos estúdios de gravação da série. Será que veremos Hank Schrader novamente?!?!?!?!?!
Bruno Barufi
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